SÃO PAULO – Antes do resultado do terceiro trimestre de 2021, o presidente Jair Bolsonaro movimentou os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras (PETR3;PETR4) no after market desta quinta-feira (28).
Em live, Bolsonaro afirmou que estuda maneira de alterar política de preços da Petrobras, o que azedou os ativos. “Você vive em um país que paga tudo em real e tem o preço do combustível atrelado ao dólar. Ninguém entende”, pontuou.
Bolsonaro afirmou ainda que a Petrobras tem que ter um papel social e não pode ser uma empresa que dê lucro tão alto.
“Repito, ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai inventar nada, mas tem que ser uma empresa que dê um lucro não muito alto como tem dado”, disse ele nesta quinta-feira.
Com isso, às 17h42 (horário de Brasília), no after market da Bolsa de NY, os papéis PBR (equivalente aos ordinários) caíam 4,36%, a US$ 10,10, após fecharem com ganhos de 0,67%, a US$ 10,56, no pregão regular. No mesmo horário, os ativos PBR-A (equivalente aos preferenciais), menos líquidos, tinham baixa de 1,93%, a US$ 10,15.
Na B3 Ibovespa futuro com vencimento em dezembro tinha queda de 2,50%, a 105.220 pontos, após o índice à vista fechar o pregão regular em queda de 0,62%, a 105.704 pontos. Já o dólar futuro com vencimento em novembro subia 2,13%, a R$ 5,657.
A Petrobras tem uma regra em seu estatuto, que foi colocada durante a gestão do ex-presidente da empresa Pedro Parente, que diz que caso a petroleira seja obrigada pelo governo a desempenhar uma função que dê prejuízo a ela, terá que ser ressarcida.
Bolsonaro voltou a criticar também o que chama de lei de preços da Petrobras, afirmando que busca um meio de mudá-la.
“Petrobras é obrigada a aumentar o preço porque ela tem que seguir a legislação e nós estamos tentando aqui buscar uma maneira de mudar a lei nesse sentido”, disse o presidente.
O que o presidente chama de “lei” é, na verdade, a regra usada pela Petrobras para a composição dos preços dos combustíveis no Brasil, levando em conta a variação do câmbio no país e os preços internacionais do petróleo.
Fonte: Infomoney com Reuters.