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Petrobras (PETR4): dados de produção prenunciam resultados fortes do 4º tri; Credit estima dividendos de até US$ 5 bi

Os dados de produção da Petrobras (PETR3;PETR4), divulgados na noite da véspera, vieram em linha com o esperado no quarto trimestre de 2021, mas ainda fortes, trazendo bons prenúncios sobre o resultado da companhia, a ser divulgado dia 23 após o fechamento dos mercados.

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil somou 2,151 milhões de barris por dia no quarto trimestre, alta de 0,7% ante um ano antes e queda de 5,2% na comparação com o terceiro trimestre. Já a produção anual da petroleira no Brasil foi de 2,211 milhões de barris por dia em 2021, queda de 2,4% na comparação com o ano anterior, conforme ela já havia publicado anteriormente.

O Credit Suisse comentou o relatório, destacando a redução de estoques de 92 mil barris por dia. Na prática, a Petrobras vendeu mais volumes do que produziu no trimestre, o que deve impulsionar os próximos resultados do trimestre, avaliam os analistas.

O banco suíço projeta lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) em US$ 12,5 bilhões para o período, melhor sequencialmente devido aos preços mais altos do petróleo e uma maior redução de estoques no trimestre.

O Credit Suisse também estima que a Petrobras pode distribuir dividendos de US$ 1,5 bilhão a US$ 5,0 bilhões relacionados aos resultados dos últimos três meses do ano passado. Assim, mantém recomendação outperform para o ADR (na prática, os ativos negociados em Nova York) da Petrobras PBR (equivalente aos ordinários) e preço-alvo de US$ 14,00, ainda que com um leve potencial de alta de 4,32% frente o fechamento da véspera, de US$ 13,42.

O Bradesco BBI diz que relatório aponta para um declínio trimestral na produção, como esperado, dadas as paradas para manutenção, bem como a sazonalidade mais fraca das vendas domésticas. A redução do guidance também vem em linha com as expectativas após os leilões de Sepia e Atapu.

Levando em consideração a produção reportada, o banco acredita que a empresa pode apresentar um Ebitda de cerca de R$ 78 bilhões no trimestre e um crescimento sequencial na geração de fluxo de caixa, o que poderia resultar no pagamento de R$ 4 bilhões adicionais em dividendos, com grande potencial de pagamentos até maiores dada a posição de caixa. Os analistas possuem recomendação outperform para os ativos PETR4 com preço-alvo de R$ 42, o que configura em um potencial de valorização de 31,5% na comparação com o fechamento da véspera.

A XP apontou que os números foram em linha com as suas expectativas. “A produção de petróleo no Brasil apresentou leve queda no trimestre, principalmente devido a paradas programadas em plataformas de alta produção e o início do Acordo de Coparticipação de Búzios. As refinarias continuaram aumentando as taxas de utilização, enquanto houve algum alívio na tendência da Petrobras de aumentar as importações de diesel e gasolina”.

Em relação aos resultados financeiros, André Vidal, Victor Burke e Thales Carmo, analistas da XP, projetam mais um trimestre sólido de geração de caixa. Durante a teleconferência de resultados, a política de dividendos da Petrobras deve estar em destaque, avaliam.

Os analistas estimam um Ebitda ajustado de US$ 12 bilhões, em linha com o consenso de mercado e apresentando um leve aumento trimestral (alta de 3,6%). O Ebitda de Exploração e Produção (E&P) deve continuar apresentando uma margem sólida (72%), enquanto Refino, Transporte e Comercialização (RTC) ainda deve apresentar margens saudáveis, apesar de não seguir estritamente a paridade de preços internacional (já que a empresa utiliza seus estoques antigos com custos mais baixos). A XP possui recomendação de compra para os ativos PETR4, com preço-alvo de R$ 41,30 por ação, o que configura um upside de 44,4% em relação ao fechamento da véspera.

Já o Morgan Stanley destacou que os dados estão em linha com o esperado e segue com recomendação equalweight (exposição em linha com a média do mercado) na estatal e preço-alvo de US$ 13,30 para os ADRs PBR (ou um valor 0,9% menor do que o fechamento de ontem). Para os analistas, o noticiário “macro político” (em meio a um ano eleitoral) será mais importante do que os resultados de curto prazo nos próximos meses.

Fonte: Infomoney